Em 2015 li um livro do Gregorio Duvivier de Crônicas e sempre existem algumas que te marcam, quando fotografei esse casamento junto com o Jocieldes (foi só um help galera, fotos oficiais segue o insta dele @jocieldes e o site também www.jocieldesalves.com) me deparei com várias cenas de "idosos" de idade e "jovens" de alma festejando a vida e logo lembrei de uma dessas crônicas (vai estar logo abaixo), onde a gente percebe que o que realmente importa é a forma como a gente enxerga a vida.
E foi em forma de abraços, sorrisos, lágrimas que Aline e Renê, famílias e amigos mostraram: Ai, que vida boa!
"João tem uma síndrome raríssima, cujo nome eu aprendi pequenininho, pra explicar pros meus amigos: ele tem síndrome de Apert. A síndrome é barra pesada e gera uma série de complicações que eu não vou enumerar aqui. Basta dizer que volta e meia outras crianças apontavam para ele e diziam coisas terríveis.
Uma vez, numa lanchonete, crianças endiabradas ficaram dando voltas em torno dele e gritando — Monstro! Monstro! Minha mãe pediu pra elas pararem. Nada. Sem saber o que fazer, derramou um copo cheio de Coca-Cola na cabeça delas. Elas saíram correndo. João teve uma crise de riso.
Depois, toda vez que uma criança ameaçava praticar um bullying com o João, minha mãe dizia: Olha a Coca-Cola! E o João morria de rir.
Uma vez, depois de uma cirurgia cranio-facial em que poderia ter morrido, João tomou um banho, se sentou na cama do hospital e disse para a minha avó: ai, que vida boa."
( Gregorio Divivier, trechos da crônica - Meu irmão )